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Amor de Adolescente...

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A janela estava aberta. Uma brisa fresca entrava por ela. A garota olhava para os jardins do vizinho, apoiada em seu peitoril. Seus olhos esquadrinhavam um garoto, lá embaixo, que estava sentado, infelizmente para ela, com outra garota… De mãos dadas.
A garota olhou pra cima, e sorriu debochadamente, se aproximou do garoto e o beijou. A garota que estava na janela se enraiveceu. Jogou-se para trás e caiu deitada na cama, contemplando o teto.

Seus olhos marejados de lágrimas. A dor no coração.

A noite caía, o garoto regressava para o seu quarto. Ele olhou pela janela e viu a garota ali sentada, contemplando as estrelas. Mandou uma mensagem para ela.


“Como você está?”

O celular vibrou na mão dela, ela viu o número e olhou para frente, e lá estava ele… Sorrindo para ela. Então digitou em resposta:

“Poderia estar melhor. E você?”

A mensagem chegou para ele, ele ficou olhando para ela e depois digitou.

“Igualzinho a você.”

Ela não conseguia entender o motivo, e digitou novamente.

“Por qual motivo está assim?”

Ele sorriu mais ainda, e quando estava terminando a mensagem, o celular acabou a bateria. Mostrou pra ela pela janela fechada do seu quarto e ela balançou os ombros. Sorriram um para o outro e eles voltaram para suas casas.

No dia seguinte, eles se encontraram na escola, não puderam dizer nada um pro outro. Ele apenas mandou-lhe uma mensagem.

“Nos vemos mais tarde, na janela?”

E ela toda feliz respondeu que sim. Chegaram em casa, e ela ficou sentada olhando para o céu azul, acompanhando as nuvens se formaram e se dissiparem. Quando quase anoitecia, ele chegou em casa, estava todo suado do treino, se olharam pela janela e ele mostrou a toalha, iria tomar banho e mais tarde voltaria. E assim fez.

Ele chegou, ela estava de costas para ele, escrevendo alguma coisa. Ele mandou a mensagem.

“Como prometido, estou eu aqui, de volta.”

Ela sorriu para ele.

“Em boa hora. Estou entediada.”

Ele gargalhou e mesmo da janela fechada do quarto dele, ela ouviu.

“É, cheguei em boa hora. Como você está?”

Ela sorria para ele e digitava alegremente.

“Melhorando. E você?”

Ele escrevia e sorria.

“Melhor até. Mas queria poder dizer que estaria perfeito.”

E ela digitando com cara intrigada.

“E por que não diz?”

E ele respondeu:

“Não tenho o que eu mais gostaria de ter.”

Ela olhava para fora, olhando diretamente em seus olhos, ele um sorriso meio alegre, meio triste.

“E o que seria?”

Ele sorria, e dessa vez não respondeu, apenas olhando para o céu, fez um gesto com a cabeça e foi se deitar.

No dia seguinte, ele chegou um pouco triste. E ela perguntou o motivo de estar tão triste, mas ele disse que estava feliz, mas que era um choque e na última mensagem da noite ele mandou:

“É que, bem, eu terminei com a minha namorada.”

Dias passaram-se. As conversas sempre se interrompendo em horas convenientes, para os dois lados. E em um dos últimos dias de aula, ele perguntou.

“Vai ao nosso jogo amanhã?”

E ela triste respondeu.

“Não, vou estudar.”

Ele no dia seguinte, antes de ir para o jogo olhou para a janela, ela estava lá, sorriu para ele e uma mensagem chegou.

“Boa sorte.”

Ele deu uma piscadela para ela, sorriu e saiu correndo para a escola.

O time havia sido campeão, a ex-namorada do garoto estava do seu lado. Ela o abraçava, mas a mão dele segurava o celular. Quando o sentiu vibrar, e reconheceu o número viu digitado na tela:

“Olhe para trás.”

Quando ele olhou, soltou-se das mãos da ex-namorada, e saiu correndo e agarrou a garota da janela, ergueu-a no ar e beijou-a.

(Lucas Almeida)

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